segunda-feira, 10 de junho de 2013

Bolo das Alhadas luta pela sobrevivência

Ao entrar no número 9 da Rua do Ateneu, na freguesia de Alhadas, Figueira da Foz, os aromas não mentem. O cheiro do Bolo das Alhadas, da broa de milho e das rosquilhas de azeite mistura-se, invadindo todos os sentidos do consumidor. O corrupio de clientes revela o sucesso da "Leonor dos Bolos".

A casa comercial - que passa despercebida aos forasteiros - é uma das três últimas na freguesia a confeccionar o Bolo das Alhadas, de fabrico tradicional, e cujo futuro é incerto. "É uma vida muito trabalhosa e os jovens não se interessam por aprender esta arte", desabafou ao JN Maria do Céu, sobrinha de Leonor Gil, "a D. Leonor", a proprietária, que ontem comemorou 83 anos de idade.

"O negócio já esteve muito melhor. Há 15/20 anos, vendia-se e via-se o dinheiro na gaveta. Hoje o bolo é um artigo de luxo", acrescentou.

O sucesso da "Leonor dos Bolos" é incontestável. O segredo passa por "fazer tudo como antigamente" Há mais de 50 anos que confeccionamos os nossos produtos sempre da mesma forma, manualmente", revela Maria do Céu.

A padeira defende que o bolo "não pode ser industrializado". "Se o bolo for feito de outra maneira perderá as suas características típicas", defendeu.

Fonte: Jornal de Noticias

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