Feira de produtos tradicionais promove agricultura biológica e medicina natural
Começou com 16 participantes, todos certificados, a “Feira Saudável e de produtos tradicionais”, promovida pela autarquia, com os apoios dos lojistas do Bairro Novo, Figueira Grande Turismo (FGT) e Junta de S. Julião. Mas em breve terá mais vendedores, que aos domingos passam a ter como ponto de venda o Meeting Point, junto à Esplanada Silva Guimarães.
O evento, que era para se realizar apenas de 15 em 15 dias, mas que será semanal, a pedido dos próprios empresários, contou ao longo do dia de ontem com dezenas de visitantes, permitindo, assim, não só fazer negócio, como a divulgação de produtos, alguns da Figueira e que passavam despercebidos até às gentes da terra, como o caso do mel de Lavos.
António Graça, que, com orgulho diz ter sido o primeiro «apicultor/pastor» do país, passa parte do tempo a «tomar conta das abelhas», porque «os amigos do alheio» lhe têm delapidado o património. «Só em 2008, na Lousã, foram 160 caixas de mel com as abelhas», conta, com alguma tristeza que não esmorece o seu entusiasmo, pois ao longo da vida, sempre nutriu a paixão pela apicultura. «O meu avô já tinha abelhas, ficou-me o bichinho, mas o meu pai obrigou-me a ser pedreiro». Profissão que ainda hoje o leva a fazer «uns biscates», mas o que gosta mesmo é do mel e por isso, em 1988, emigrou para o Luxemburgo para «ganhar dinheiro para investir nisto». E isto são as 500 colmeias que mantém, entre Lavos e Lousã (com mel diferente das duas regiões do interior e litoral). E o único senão, diz mesmo respeito aos roubos e por isso, defende a criação de uns «chips tipo GPS para meter nas colmeias».
Problemas diferentes tem António Oliveira, cuja família desde 1962 se dedica às famosas rosquilhas e bolos de Alhadas. «O problema é a continuidade, este é um negócio de família que não queria que acabasse e gostávamos que aparecesse gente que se interessasse na continuidade», refere ao nosso Jornal, adiantando que aderiu à iniciativa «para divulgar o produto e a terra e tentar que a actividade se mantenha». A seu lado, o presidente da Junta de Alhadas defende que são estes produtos que deram fama à terra «que ainda a caracterizam e diferenciam».
Esta feira, que, quinzenalmente será animada por diversas actividades culturais e recreativas (ontem actuou o Rancho Rosas de Maio de Santana), conta também com empresários de vários pontos da região, que ali vão vender os seus produtos. No acto inaugural, o presidente da câmara enalteceu a presença dos vendedores (do concelho e de fora), sublinhando que os produtos biológicos «estão na ordem do dia e são cada vez mais procurados». Por isso, João Ataíde formulou votos de haja cada vez mais «produtores do concelho, que vejam a vantagem nesta produção e ajudem a dinamizar a nossa economia», concluiu.
Fonte: Diário de Coimbra
O evento, que era para se realizar apenas de 15 em 15 dias, mas que será semanal, a pedido dos próprios empresários, contou ao longo do dia de ontem com dezenas de visitantes, permitindo, assim, não só fazer negócio, como a divulgação de produtos, alguns da Figueira e que passavam despercebidos até às gentes da terra, como o caso do mel de Lavos.
António Graça, que, com orgulho diz ter sido o primeiro «apicultor/pastor» do país, passa parte do tempo a «tomar conta das abelhas», porque «os amigos do alheio» lhe têm delapidado o património. «Só em 2008, na Lousã, foram 160 caixas de mel com as abelhas», conta, com alguma tristeza que não esmorece o seu entusiasmo, pois ao longo da vida, sempre nutriu a paixão pela apicultura. «O meu avô já tinha abelhas, ficou-me o bichinho, mas o meu pai obrigou-me a ser pedreiro». Profissão que ainda hoje o leva a fazer «uns biscates», mas o que gosta mesmo é do mel e por isso, em 1988, emigrou para o Luxemburgo para «ganhar dinheiro para investir nisto». E isto são as 500 colmeias que mantém, entre Lavos e Lousã (com mel diferente das duas regiões do interior e litoral). E o único senão, diz mesmo respeito aos roubos e por isso, defende a criação de uns «chips tipo GPS para meter nas colmeias».
D. Leonor e os bolos d´Alhada |
Problemas diferentes tem António Oliveira, cuja família desde 1962 se dedica às famosas rosquilhas e bolos de Alhadas. «O problema é a continuidade, este é um negócio de família que não queria que acabasse e gostávamos que aparecesse gente que se interessasse na continuidade», refere ao nosso Jornal, adiantando que aderiu à iniciativa «para divulgar o produto e a terra e tentar que a actividade se mantenha». A seu lado, o presidente da Junta de Alhadas defende que são estes produtos que deram fama à terra «que ainda a caracterizam e diferenciam».
Esta feira, que, quinzenalmente será animada por diversas actividades culturais e recreativas (ontem actuou o Rancho Rosas de Maio de Santana), conta também com empresários de vários pontos da região, que ali vão vender os seus produtos. No acto inaugural, o presidente da câmara enalteceu a presença dos vendedores (do concelho e de fora), sublinhando que os produtos biológicos «estão na ordem do dia e são cada vez mais procurados». Por isso, João Ataíde formulou votos de haja cada vez mais «produtores do concelho, que vejam a vantagem nesta produção e ajudem a dinamizar a nossa economia», concluiu.
Fonte: Diário de Coimbra