A sede da Sociedade Boa União Alhadense recebeu ontem dezenas de alhadenses que, durante mais de duas horas, manifestaram as suas preocupações quanto à revisão do Plano Director Municipal, bem como do Plano Estratégico/ Agenda 21 Local, numa iniciativa levada a cabo pela autarquia figueirense.
“Temos escola e piscina mas falta-nos a presença de jovens. Há que desenvolver condições para a criação de habitação na freguesia”, disse Constantino Rodrigues. A criação de um espaço verde entre Alhadas de Baixo e de Cima foi outro dos projectos – apresentado pela primeira vez em 2005 – que Constantino Rodrigues recordou.
“Este espaço seria uma aposta ganha para as Alhadas”, referiu, salientando que para além de zona verde o projecto contemplaria um parque de merendas e “um espaço temático com ligação às tradições e costumes da freguesia”.
Para além da problemática da construção habitacional, também o
desenvolvimento da Zona Industrial do Pincho, a variante de Alhadas e o acesso gratuito ao ensino articulado da música foram temas discutidos nesta reunião, que contou com a presença de João Ataíde (presidente da autarquia local), António Rochete (responsável pela equipa que está a desenvolver o projecto da Agenda 21 Local) e Jorge Oliveira (presidente da Junta de Freguesia de Alhadas).
“Procuramos que a evolução urbanística possa ser motivo de coesão das freguesias”, disse João Ataíde, sublinhando que estas reuniões com os munícipes visam “envolver a população na discussão” das temáticas abordadas.
Foi ainda mencionada a questão da Várzea, pela venda de terrenos arenosos para a extracção de areia naquela zona, que fica perto de zonas habitacionais, tendo o interveniente destacado como terá sido possível a venda de terrenos para extracção de areia, quando em PDM é proibida, actualmente a construção de casas de raiz, assunto que aqueceu um pouco as hostes, e é de interesse público, especialmente para a freguesia, que, a concretizar-se essa mesma extracção, irá ficar com enormes buracos (semelhantes aos da zona da Esperança) na parte norte da Freguesia, mesmo ao lado das vias rodoviárias principais, o que provocará um enorme ataque estético à zona referida.